Na hora de elaborar um projeto de construção é importante conhecer os sistemas e produtos a serem utilizados. Entre aqueles que se pode destacar estão os chumbadores, itens muito versáteis que podem ser usados em diversos tipos de estruturas e reformas. Divididos entre químicos e mecânicos, é fundamental saber como escolher o chumbador mais adequado para a aplicação desejada.
Para ajudar a evitar erros, a seguir, falamos um pouco mais sobre o que são e as aplicações dos dois tipos de chumbadores. Além disso, trazemos dicas de como escolher o melhor para a sua obra. Continue a leitura!
O que são chumbadores mecânicos?
O chumbador é um sistema capaz de fixar dois ou mais elementos juntos dentro de uma obra. O do tipo mecânico utiliza o atrito ou/e expansão para se manter fixo e é dividido entre expansivo e não expansivo. Em nosso blog, temos um artigo comparativo entre esses dois tipos, confira aqui.
O modelo expansivo, comercialmente conhecido como parabolt, fixa-se à superfície por pressão. Quando ele é inserido, deve-se girar a chave existente no topo para fazer que sua base expanda e ancore no furo. Já o modelo de acomodação, como o Hardbolt, funciona de forma similar a um parafuso, ou seja, ele lamina a rosca no concreto, proporcionando a ancoragem.
Os chumbadores mecânicos são extremamente versáteis e podem ser aplicados em praticamente qualquer contexto em que seja necessário fixar dois objetos juntos. Podem ser usados na ancoragem de placas pré-moldadas, em tesouras metálicas, em sistemas de armazenagem (porta paletes), etc.
O que são chumbadores químicos?
Os chumbadores químicos são um sistema composto por dois elementos, resina e endurecedor, que reagem e formam um produto com alto poder de adesão. A proporção e forma de mistura desses dois elementos dependem do tipo de chumbador químico, que pode ser pré-mistura (chumbadores de “potinho”), ampola e injetável. As principais bases químicas são a epóxi e viniléster.
Esse tipo de ancoragem pode ser utilizada em vergalhões, sistemas inox, barras convencionais, áreas com alto índice de vibração, instalações próximas de bordas, entre outros. Por causa dessa elevada versatilidade, a ancoragem química é muito utilizada.
7 dicas de como escolher o chumbador mais adequado para a sua obra
Quando chegar o momento de decidir qual chumbador usar em sua obra, há muitos aspectos que devem ser considerados para escolher o melhor produto. Veja abaixo alguns desses fatores e como identificá-los.
1. Cargas dinâmicas
Os chumbadores mecânicos têm uma limitação quando se trata de cargas dinâmicas, ou seja, que se movem com frequência. Vamos pensar, por exemplo, na fixação de um equipamento, que vibra constantemente. Se aplicado qualquer tipo de chumbador mecânico, com o tempo, ele pode abrir o furo e se soltar, pois seu funcionamento é através da acomodação.
Por isso, os chumbadores químicos são os mais indicados para este tipo de aplicação, para garantir uma ancoragem segura e duradoura. Como seu funcionamento é por aderência, não há riscos dessa aplicação se fragilizar com o tempo, nem mesmo quando está sujeita a vibrações diárias.
2. Capacidade de carga
Tão importante quanto escolher um chumbador resistente a cargas dinâmicas, é ter certeza de que a sua capacidade de carga atende à sua demanda. Uma vez que cada chumbador tem o seu limite e, se não respeitado, pode haver a deformação ou desgaste do mesmo.
Os chumbadores mecânicos tem uma elevada capacidade de carga, mas, se aplicação que você precisa fazer excede esse limite, é necessário escolher entre os químicos. Com esse tipo de ancoragem, é possível expandir o furo e utilizar mais material, até aumentar o suficiente a capacidade de carga.
3. Proximidade de borda ou/e menor distância entre as ancoragens
O chumbador mecânico do tipo não expansivo, como o Hardbolt, permite uma menor proximidade de borda e entre as ancoragens, sem o risco de estourar o concreto. Isso se deve justamente ao seu formato de rosca, que não expande no furo. Por não haver esse aumento dentro do furo, as ancoragens químicas também podem ser utilizadas nessas aplicações que exigem uma margem menor de distanciamento.
4. Tipo de ambiente
O tipo de ambiente onde a aplicação será feita também influencia na escolha da ancoragem. Locais mais agressivos, como os expostos a maresia ou próximos de áreas fabris, exigem revestimentos mais resistentes. Isso porque a escolha errada do revestimento pode resultar na fragilização da aplicação, colocando em risco quem frequenta o local.
Atualmente, é possível encontrar os chumbadores mecânicos nos mais diversos tipos de revestimento. Em ambientes não agressivos, o zincado branco já cumprirá a função com segurança. Entretanto, se a ancoragem será em um local com exposição direta e prolongada a agentes corrosivos, a Hard oferece o Ecoseal, o revestimento que entrega a maior resistência à corrosão da categoria. Além disso, no caso do Hardbolt, é possível escolher o item em aço carbono ou inox, sendo que a segunda opção oferece uma maior resistência.
Os chumbadores químicos também podem ser utilizados em ambientes mais agressivos, só é necessário atenção ao escolher as barras utilizadas na aplicação. Geralmente, nesses casos, apresentam melhor custo-benefício se comparadas ao uso dos chumbadores mecânicos.
5. Controle de estoque
Como os chumbadores químicos têm prazo de validade, fazer o controle de estoque é essencial. Por exemplo, se for feita a compra de uma grande quantidade desse item perto do vencimento, há um risco grande de parte desse material ser perdido. Com os mecânicos não há essa preocupação, pois esse tipo de chumbador não tem prazo de validade, claro que respeitando as orientações de estocagem.
6. Liberação para uso
Os chumbadores mecânicos apresentam a vantagem de serem utilizáveis imediatamente após a aplicação, pois têm respostas imediatas de carga. Por sua vez, os químicos precisam de algum tempo até que a substância se acomode, o que pode atrasar alguns serviços. Como já dito neste artigo, esse sistema é dividido entre os à base de epóxi e viniléster, sendo que o tempo de cura varia de um tipo para o outro.
Os chumbadores à base de epóxi contam com um tempo de cura mais lento, por isso são recomendados para regiões mais quentes. Enquanto que o uso do viniléster é indicado para regiões frias, por seu tempo de cura mais curto. Pois, a temperatura ambiente influencia diretamente no processo de cura do material. Então, por exemplo, se um viniléster for utilizado em um ambiente com temperaturas mais elevadas, o produto irá curar tão rapidamente que não será possível utilizá-lo. Enquanto que o uso do epóxi em ambientes de baixa temperatura pode resultar em uma cura extremamente demorada.
7. Resistência do concreto
Identificar a resistência do concreto também é importante para a escolha do tipo de chumbador. Uma vez que em substratos com baixa resistência os chumbadores mecânicos espanam no furo. Enquanto que em os concretos com elevada resistência esse tipo de ancoragem não conseguirá laminar o substrato, podendo chegar a quebra do item ou provocando estragos na ferramenta.
Por sua vez, os chumbadores químicos apresentam excelentes resultados em concretos com baixa e alta resistência. Isso porque o furo será preenchido com a substância que irá curar ali dentro, sem correr riscos de perder o material.
A escolha depende da sua demanda
A resposta para a pergunta “Como escolher o chumbador para a minha obra?” depende de inúmeros fatores. Como sempre o conselho mais importante é priorizar a segurança e escolher o chumbador que melhor atenda as exigências da sua obra.
Os chumbadores mecânicos são opções versáteis, que podem ter revestimentos com alta durabilidade, são rápidos e fáceis de aplicar, além de apresentar o mesmo comportamento independentemente da temperatura do local. Por sua vez, contam com um limitante de carga e vibração, questões que não são um problema para as ancoragens químicas.
Independente da sua escolha, a Hard conta com as melhores opções para os dois tipos de chumbadores. Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco para podermos ajudar você!
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