Pensar que o rejunte é algo básico e igual para todos os revestimentos é um dos principais erros cometidos durante a obra. Saber como escolher o rejunte certo é fundamental para garantir a vida útil não só do revestimento, mas do empreendimento como um todo. Isso porque, quando escolhido e aplicado corretamente, este produto tem o poder de evitar fissuras e infiltrações, além de facilitar o alinhamento das placas.
Por esta razão, montamos este guia para você não errar na hora de escolher o rejunte para a sua obra. Em um primeiro momento, explicamos o que é este material, sua importância e utilidade, além dos tipos disponíveis no mercado. E, usando como base as recomendações e dicas dos principais fabricantes de porcelanatos, cerâmicas e rejuntes, listamos as informações que você precisa saber para optar pelo rejunte adequado. Continue a leitura!
Afinal, para que serve o rejunte?
Ao assentar os revestimentos em paredes e pisos é importante deixar um espaço entre as peças. Estas lacunas, conhecidas como fugas, serão responsáveis por absorver as tensões causadas pelas variações de temperatura, diminuindo assim a probabilidade de descolamentos e do surgimento de trincas.
O rejunte é uma argamassa específica utilizada justamente nestas fugas, proporcionando um resultado estético mais agradável. Além disso, este item veda as laterais das placas, evitando que a água penetre e cause umidade e infiltração. Também é capaz de compensar algumas irregularidades, o que facilita o alinhamento das peças.
Para que o rejunte cumpra sua função da melhor maneira possível é imprescindível prestar atenção em diversos fatores. Um deles é observar o local onde este material será aplicado, áreas como banheiros e cozinhas exigem um produto diferente do que é usado em quartos e corredores, por exemplo.
Principais tipos de rejunte
Antes de falar sobre como escolher o rejunte certo, vamos apresentar brevemente os tipos disponíveis no mercado atualmente. Abaixo há um pouco mais sobre os rejuntes cimentício, acrílico, epóxi e híbrido. Entretanto, se deseja mais informações sobre estas opções, leia nosso artigo especifico sobre este assunto.
1. Cimentício
Presente na maioria das construções, o rejunte cimentício tem acabamento áspero e não é tão resistente às manchas e mofo. Seus fabricantes indicam o seu uso em porcelanato, cerâmica, pastilhas, vidros e pedras, sendo que o tamanho das juntas pode variar entre 3mm até 10mm.
Outra recomendação dos fabricantes é que o processo de limpeza que faz parte da aplicação ocorra em duas etapas. A primeira deve ser leve, após 12 horas da instalação. A segunda somente após sete dias com o uso de produtos específicos. Também é indicado o uso de um selador para proteger a superfície contra umidade, uma vez que é permeável, sendo este justamente um dos motivos de sua baixa vida útil, que é de aproximadamente dois anos.
2. Acrílico
O rejunte acrílico conta com um acabamento mais liso que o cimentíco, mas ainda é poroso e permeável. É antimofo e seu uso é indicado para juntas de tamanho entre 2 mm até 10mm em porcelanato, cerâmica, pastilhas, vidros e pedras.
Sua vida útil é de aproximadamente três anos, sendo que o seu calcanhar de Aquiles é o mesmo que o do rejunte cimentício: a permeabilidade. Esta característica faz com que este tipo de material se desgaste com facilidade durante as limpezas diárias.
3. Epóxi
A aplicação do rejunte do tipo epóxi é específica para pisos que necessitam de maior resistência. Pois, este material exerce um papel de barreira tanto contra a água, quanto contra a produtos químicos como o cloro, água sanitária, entre outros. As juntas podem variar entre 1mm e 10mm, de acordo com a estética desejada.
Com vida útil superior ao dos rejuntes anteriores, de aproximadamente cinco anos, o ponto fraco deste material é ser amplamente apontado pelos instaladores como o pior produto a ser aplicado. Essa grande rejeição se dá ao seu tempo de trabalho reduzido e o processo de limpeza que exigem extremo cuidado para não manchar as peças.
4. Híbrido
Esta nova categoria de rejunte nasceu justamente para sanar as lacunas deixadas pelos três tipos de rejuntes apresentados anteriormente. Como seu próprio nome diz, sua composição é um híbrido de várias fórmulas, permitindo o aproveitamento do que há de melhor em diferentes bases químicas e polímeros. Ou seja, em um mesmo produto é possível ter a facilidade de aplicação e acabamento dos rejuntes acrílicos, a impermeabilidade e flexibilidade dos selantes Hard e a resistência química e durabilidade dos epóxis.
O Infinity é o rejunte híbrido da Hard e inaugura esta categoria. Desenvolvido a partir da tecnologia iCom, está presente nas linhas Porcelanato, Decorativo e Piscina. Tem aditivos antimofo e antifungos, além de ser totalmente impermeável e altamente resistente a produtos químicos. Pode ser aplicado em fugas de 1mm a 4mm de espessura e conta com uma paleta de cores pensadas para explorar ao máximo os detalhes do ambiente.
Como escolher o rejunte certo?
Agora que você já conhece um pouco sobre cada um dos rejuntes disponíveis no mercado, chegou a hora de apresentar os pontos que devem nortear a sua escolha. A seguir, confira informações de como escolher o rejunte adequado para a sua obra.
1. Tipo de piso
É importante entender que para cada piso existente há uma especificação de tamanho mínimo e máximo de fuga, bem como qual o tipo de rejunte que se adequa a essa especificação. Por exemplo, se o revestimento escolhido exige uma fuga de 1mm, não poderá ser aplicado os produtos do tipo cimentício e acrílico, pois estes não atendem a esta medida.
A cor do revestimento e o estilo da decoração também devem influenciar na escolha do rejunte. Se o seu objetivo é ter um espaço mais clean, escolha rejuntes com a mesma cor das placas, para que dê a impressão de continuidade e harmonia, criando a ilusão de que as peças são uma só. Investir em tons neutros, como cinza claro ou branco, também irão garantir um ambiente mais básico e uniforme.
Agora, se o desejo é por uma decoração mais ousada, utilizar rejuntes com cores fortes e contrastantes é uma boa ideia. Por exemplo, você pode aplicar um rejunte branco para valorizar um revestimento de cor escura ou texturizado. Neste caso, a dica é optar por um produto que conte com uma paleta de cores diversificada, para atender às suas necessidades.
2. Em qual ambiente vai ser aplicado
Um dos fatores mais importantes na hora de escolher o rejunte é o local onde ele será usado. Isso porque as áreas se dividem em molháveis, molhadas e imersas, sendo que cada categoria exige características específicas dos rejuntes a serem aplicados.
Locais com pouco ou nenhum contato com a água não precisam necessariamente de produtos com uma elevada resistência a este tipo de substância. Por esta razão, os rejuntes cimentícios podem ser utilizados, mesmo sendo permeáveis. Um exemplo de área molhável são quartos, salas e corredores.
Quando o assunto são áreas molhadas, como banheiros e lavanderias, pode-se aplicar o rejunte acrílico. Pois, mesmo sendo permeável, esse tipo de produto vai conseguir evitar a passagem da água em ambientes com contato moderado com a água ou umidade.
Já em piscinas, consideradas áreas imersas, por muito tempo recomendou-se o uso do rejunte epóxi. Isso porque, mesmo sendo de difícil aplicabilidade e apresentando mudança de cor quando exposto aos raios UVs, ele é impermeável e resistente a produtos químicos. Porém, com o uso do rejunte hibrido da linha Piscina, que é super resistente ao cloro, é possível ter a garantia de impermeabilidade, sem sofrer na hora da aplicação, tornando todo o serviço mais prático e fácil.
3. Durabilidade e vida útil
Todo mundo quer em sua obra produtos com elevada durabilidade, então esta característica deve pesar na hora da escolha. Como já vimos neste artigo, a vida útil dos rejuntes variam, sendo que os produtos do tipo cimentício e acrílico são os que apresentam menor vida útil, de dois e três anos, respectivamente. Enquanto o epóxi tem vida útil de cinco anos.
Com vida útil de até dez anos, o rejunte hibrido é o que apresenta maior durabilidade. Isso porque este material conta com aditivos antifungo e antimofo em sua fórmula. Além de ser 100% impermeável e inteiramente resistente a produtos químicos de limpeza.
4. Facilidade de limpeza
Este é um ponto muito importante e que pode facilitar o dia a dia, mas que muitas vezes é esquecido na hora da escolha do rejunte. A facilidade de limpeza varia de acordo com cada tipo de produto e está diretamente ligada a porosidade do material. Pois, quanto mais poroso o rejunte for, haverá mais acumulo de partículas de sujeira, o que dificultará a manutenção diária.
Isso quer dizer que o acabamento áspero do rejunte cimentício garante baixa facilidade de limpeza. Enquanto os do tipo acrílico e epóxi, que são mais lisos, são mais fáceis de limpar. Porém, o que apresenta a limpeza mais fácil é o hibrido, apenas água já é suficiente.
Como escolher o rejunte certo? Basta comparar!
Neste artigo vimos que o rejunte é fundamental para garantir a durabilidade não só do revestimento, mas do empreendimento como um todo. E, que sua escolha depende de fatores como o tipo de piso, ambiente de aplicação, durabilidade, facilidade de limpeza, entre outros.
Abaixo, preparamos uma tabela comparativa para ajudar você na hora da escolha. Nela, você encontrará todos os tipos de rejunte disponíveis no mercado e as principais informações que exigem atenção na hora de escolher um produto.
CIMENTÍCIO | ACRÍLICO | EPÓXI | HIBRIDO | |
Tipo de área | Molháveis | Molháveis e molhadas | Molháveis, molhadas e imersas | Molháveis, molhadas e imersas |
Acabamento | Áspero | Liso | Liso | Super liso |
Facilidade de limpeza | Baixa | Média | Alta | Super alta |
Antimofo | Não | Sim | Sim | Sim (antifungo também) |
Tamanho da junta | 3mm até 10mm | 2mm até 10mm | 1mm até 10mm | 1mm até 4mm |
Impermeável | Não | Não | Sim | Sim |
Ficou com alguma dúvida de como escolher o rejunte certo? Entre em contato conosco, para respondermos as suas questões.
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